
O medo veio me dizer boa noite e me deixou angustiada. Ela estava se sentindo sozinha e resolveu chamar suas amigas lagrimas. Elas também vieram me dar boa noite. O soluço percebeu a sua ausência em um choro de criança desesperada e resolveu se achegar para quem sabe uma festa de sentimentos e reações não muito boas. A respiração se sentiu desconfortável e começou a pular pra fora dos meus pulmões. A tremedeira também veio, sem convite. Minha mente não estava ligando para o que meu corpo fazia involuntariamente, estava mais preocupada com os pensamentos que me passaram pela cabeça. A minha mente tão calma por tanto tempo não entendeu, não compreendia mesmo o que estava acontecendo. Perguntava-se como a cabeça que habitava podia pensar tantas bobagens, e estava tentando explicar de alguma forma que esses pensamentos eram tão redículos como o escuro para uma criança medrosa. - Saia do meu lar! Ela gritou com a maior vontade que já tinha tido nos últimos 15 anos. Incrivelmente quem me visitava agora era a vontade de dormir e então o sono diz: - Boa noite querida. Durma bem. E foi isso que aconteceu. Apenas dormi e pela manhã não sabia que na noite anterior poderia ter pensado que aqueles pensamentos tinham algum sentido.
Mayara Floriani