quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Não quero mais




O medo veio me dizer boa noite e me deixou angustiada. Ela estava se sentindo sozinha e resolveu chamar suas amigas lagrimas. Elas também vieram me dar boa noite. O soluço percebeu a sua ausência em um choro de criança desesperada e resolveu se achegar para quem sabe uma festa de sentimentos e reações não muito boas. A respiração se sentiu desconfortável e começou a pular pra fora dos meus pulmões. A tremedeira também veio, sem convite. Minha mente não estava ligando para o que meu corpo fazia involuntariamente, estava mais preocupada com os pensamentos que me passaram pela cabeça. A minha mente tão calma por tanto tempo não entendeu, não compreendia mesmo o que estava acontecendo. Perguntava-se como a cabeça que habitava podia pensar tantas bobagens, e estava tentando explicar de alguma forma que esses pensamentos eram tão redículos como o escuro para uma criança medrosa. - Saia do meu lar! Ela gritou com a maior vontade que já tinha tido nos últimos 15 anos. Incrivelmente quem me visitava agora era a vontade de dormir e então o sono diz: - Boa noite querida. Durma bem. E foi isso que aconteceu. Apenas dormi e pela manhã não sabia que na noite anterior poderia ter pensado que aqueles pensamentos tinham algum sentido.

Mayara Floriani

sábado, 18 de setembro de 2010

Sonhos a realizar

Um vestido longo e florido vestia seu belo corpo branco com medo do sol. Seus cabelos com as pontas secas e enroladas eram castanhos como a cor do tronco de uma árvore. Ela estava em um lindo palco, luzes e pessoas gritavam em sua direção. Um violão pendurado em sua cintura, seus pés descalços em um tapete verde musgo. O microfone a sua frente estava enrolado por flores rosa que não conhecia e gira-sois. Havia pulseiras que parecia cipó amarrados no seu braço e quando olhou para o lado viu seu reflexo em um espelho triangulo e percebeu que estava mais linda do que nunca. Fechou os olhos e pensou o que é que estava acontecendo, sua voz saio de sua boca rosa cereja e encantou o público, o que foram suas lagrimas um dia, viraram belas melodias que encantava a todos, todos os presentes ali. Ela falava de um garoto que não a amava, nem desejava, Nem ao menos a fuzilava com o olhar. O quanto sofreu, o quanto aprendeu. A música estava quase no fim, quando a sonhadora muda a melodia sem perceber e termina a música com uma palavra reconfortante. Seus olhos brilham sem que ninguém visse, estavam longe de mais para ver. Percorriam seu rosto com danças coreografadas e chegavam e seus lábios pedindo loucamente que as engolisse para que não abandonassem o seu corpo tão perfeito.
Em sua cama ela acordou, com lagrimas nos olhos também, com cobertas e travesseiros que a abandonaram e deixaram-na sozinha em sua cama, para ficar em um chão gelado e com restos de comida. Queria voltar, somente por mais alguns segundos, quem se importa dela sonhar? Quem se importa por ela ser feliz, a não ser ela? Pensou que seria bom, poder ser assim. Pessoas te amando e gritando seu nome. Ela contaria suas tristezas e todos cantariam com ela, na melodia perfeita, nunca pararia. Ela contaria seus segredos e as pessoas iriam gostar de ouvir. Ela pensa como seria bom se pudesse avisar as pessoas com o que já sofreu, ajudar a não cometer os mesmos erros. Seria difícil alguém querer ouvi-la, mas ela vai conseguir! Virou-se para o lado e voltou a pensar no menino de sua canção imaginaria. Sorrio. Pensou que se ele já não fosse mais um sonho, e estava presente com ela em sua mão, por que não poderia sonhar mais e realizar os sonhos como realizou esse?



Texto inspirado de alguma forma da música 30days – nevershoutnever.

Mayara Floriani

Justificação

Hoje estava eu e meus pensamentos, viajando por minha mente quase intocada por certos pensamentos úteis. Estava eu, querendo compartilhar algo que deixasse alguém feliz ao ler o que eu escrevesse, mas não consigo. Minha criatividade foi chantageada e só o amor esta presente aqui, dentro de mim!
Amor, um sentimento tão perfeito e imperfeito, quase impossível de se viver quando não os conhecemos tão bem. Idealizamos o amor, mas idealizamos tanto que obviamente nunca o encontramos. Pois o verdadeiro amor não é o suficiente pra cessar nossos objetivos. Ai que meu pensamento lógico entra com um sorriso de orelha a orelha na face. Eu não idealizei o amor, não sonhei um mundo cor de rosa pra mim, (no meu caso verde) não sonhei com príncipes encantados e muito menos perfeição. Hoje posso garantir lhes que a minha convidada interior é a felicidade, ela me visita a cada beijo e a cada olhar perdido na pessoa que amo. Sinto lhe informar, mas não sou muito boa pra expressar meus sentimentos bons, não sei, eles só não vem em formas de palavras. Diferente dos ruins, que saem da minha cabeça com a velocidade de um gavião atrás de sua presa. Desculpem-me por minha ausência aqui, prometo que quando qualquer pensamento bom o bastante vier me visitar, ele estará postado aqui.


Mayara Floriani