quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sonhe, mas não tanto

Era sexta feira à noite e todos já estavam em alguma festa, beijando pessoas, ou bebendo até não lembrar mais qual foi a ultima bebida que tinha engolido. Mas ela, como sempre prefere ficar, ficar ali sentada somente imaginando como seria ter ido junto. Perguntem-se por que ela faz isso, pois ela também não sabe.
Liga sua televisão e começa a ver um filme, tudo era tão clichê naquela tela, naquele ponto de luz em volta de tanta escuridão do seu quarto.
Uma bela menina que era tão sozinha. Um belo menino que aprontava tanto. Vidas diferentes que se encontram. Mudanças repentinas e um beijo pra selar o compromisso.
Ali começava uma historia de paixão, amor à primeira vista, algo que ela tinha somente em sonhos.



Passeios em um parque de mãos dadas esperando o sol se por. Enrolados em uma coberta em uma clareira ali no lado. Andando pelas ruas frias nas madrugadas. Trocando camisas pra guardarem o seu cheiro. Brigando com o mundo para ter a companhia um do outro. Virando noites pra pensar no que dizer. Se tornar mais forte para resistir a distancia. Bem eram tantas coisas que ela invejava que ela queria poder também ter. Mas não, ela tinha de ficar em casa, sustentando-se com a felicidade dos outros, sugando energia de cada um para poder se manter em pé.
E com um beijo do casal e um 'te amo' pronunciado o filma se acaba. Momentos se passam e ela continua deitada em sua cama, imaginando por que não ela. Pois bem, a única coisa que ela não sabe é que a distância dela para seu amor é a mesma distância do seu quarto até a cozinha, mas o corredor é escuro e sua imaginação é fértil.

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